Carta de Tomás Hirsch sobre a Prisão Política de Patricia e dos Mapuches
Governo do Chile continua atropelando os Direitos Humanos
Queremos chamar a atenção internacional para denunciar o maltrato que está sofrendo o povo mapuche por parte do governo chileno e para solidarizar com Patricia Troncoso, membro da comunidade mapuche, prisioneira numa prisão chilena, que está a mais de 100 dias em greve de fome.
A vida de Patricia Troncoso está correndo sério risco vital. O governo chileno pode resolver esta dramática situação respondendo favoravelmente a suas duas simples demandas: saida dominical e translado a um centro penitenciário agrícola.
A luta do povo mapuche é a de todos os povo originários, não tem fronteiras administrativas artificiais pois se enlaça com o reconhecimento que nossa América Latina está conformada por múltiplas nações e povos, os quais durante mais de 500 anos tem sido discriminados, marginalizados e perseguidos.
O processo movido contra Patricia está cheio de irregularidades: duas vezes foi declarada inocente; mas apesar disto, o governo chileno lhe aplicou uma lei criada pela Ditadura Militar chamada" Lei Antiterrorista" através da qual se usaram testemunhas sem rostos e aos quais se lhes pagou uma grande quantidade de dinheiro para que testemunhasssem contra Patricia.
Patricia e milhares de camponeses mapuches que vivem em comunidades indígenas encurraladas por empresas florestais multinacionais e fazendas privadas, têm sido atropelados nos seus mais elementares direitos humanos, sofrendo perseguições, torturas, provocações e humilhações por parte das forças militarizadas da policia chilena e pelo sistema judicial imperante.
O atual estado de saúde de Patrícia é muito critico de acordo com o informe elaborado por uma junta médica, formada por solicitação expressa da Comissão Interamericana de Direitos Humanos. Esta junta médica recomenda – entre outras cosas - seu translado urgente a um Hospital de Santiago de Chile. Não obstante isto, Patricia continua algemada a seu leito num hospital de província, incomunicada, e inclusive lhe negaram a possibilidade de comunicação telefônica com o Secretário Executivo da Comissão Interamericana de Direitos Humanos.
Nos parece realmente vergonhoso e inaceitável o proceder do Governo do Chile contra uma muher que está en risco de vida e que simplesmente clama por justiça para ela e para seu povo.
Exigimos a imediata solução a esta situação de Patrícia Troncoso e do povo mapuche.
Pedimos que a presidente de Chile, Michelle Bachelet, se comunique de coração a coração com este povo e inicie um diálogo direto para reparar as injustiças causadas.
Tomás Hirsch
Porta-voz do Humanismo para América Latina.
Governo do Chile continua atropelando os Direitos Humanos
Queremos chamar a atenção internacional para denunciar o maltrato que está sofrendo o povo mapuche por parte do governo chileno e para solidarizar com Patricia Troncoso, membro da comunidade mapuche, prisioneira numa prisão chilena, que está a mais de 100 dias em greve de fome.
A vida de Patricia Troncoso está correndo sério risco vital. O governo chileno pode resolver esta dramática situação respondendo favoravelmente a suas duas simples demandas: saida dominical e translado a um centro penitenciário agrícola.
A luta do povo mapuche é a de todos os povo originários, não tem fronteiras administrativas artificiais pois se enlaça com o reconhecimento que nossa América Latina está conformada por múltiplas nações e povos, os quais durante mais de 500 anos tem sido discriminados, marginalizados e perseguidos.
O processo movido contra Patricia está cheio de irregularidades: duas vezes foi declarada inocente; mas apesar disto, o governo chileno lhe aplicou uma lei criada pela Ditadura Militar chamada" Lei Antiterrorista" através da qual se usaram testemunhas sem rostos e aos quais se lhes pagou uma grande quantidade de dinheiro para que testemunhasssem contra Patricia.
Patricia e milhares de camponeses mapuches que vivem em comunidades indígenas encurraladas por empresas florestais multinacionais e fazendas privadas, têm sido atropelados nos seus mais elementares direitos humanos, sofrendo perseguições, torturas, provocações e humilhações por parte das forças militarizadas da policia chilena e pelo sistema judicial imperante.
O atual estado de saúde de Patrícia é muito critico de acordo com o informe elaborado por uma junta médica, formada por solicitação expressa da Comissão Interamericana de Direitos Humanos. Esta junta médica recomenda – entre outras cosas - seu translado urgente a um Hospital de Santiago de Chile. Não obstante isto, Patricia continua algemada a seu leito num hospital de província, incomunicada, e inclusive lhe negaram a possibilidade de comunicação telefônica com o Secretário Executivo da Comissão Interamericana de Direitos Humanos.
Nos parece realmente vergonhoso e inaceitável o proceder do Governo do Chile contra uma muher que está en risco de vida e que simplesmente clama por justiça para ela e para seu povo.
Exigimos a imediata solução a esta situação de Patrícia Troncoso e do povo mapuche.
Pedimos que a presidente de Chile, Michelle Bachelet, se comunique de coração a coração com este povo e inicie um diálogo direto para reparar as injustiças causadas.
Tomás Hirsch
Porta-voz do Humanismo para América Latina.
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