domingo, 30 de março de 2008

São Paulo S. A.


Por enquanto, por falta de tempo só vai a sinopse, porém, já adianto que o filme São Paulo S. A. de Luís Sérgio Person é espetacular; tanto em crítica como em línguagem. Não deixem de ver ! O Filme é fundamental, sobretudo para quem vive em Sãp Paulo.
Foi Ganhador dos Prêmios: Primeira Mostra Internacional do Novo Cinema de Pesaro (Itália), Recebeu o Prêmio de Público., VIII Festival Internacional do Filme de Acapulco (México), Recebeu o Prêmio Cabeza de Palenque; Comissão Estadual de Cinema de São Paulo; Recebeu o Prêmio Governador do Estado.


'São Paulo S/A' se passa no momento da euforia desenvolvimentista provocada pela instalação de indústrias automobilísticas estrangeiras no Brasil no final da década de 50. O filme conta a história de Carlos, que segue a trajetória da maioria dos jovens de certa camada da classe média paulistana. Guiando-se pelas oportunidades imediatas que a sociedade oferece, ingressa numa grande empresa. Logo depois, aceita um cargo numa fábrica de auto-peças, da qual torna-se gerente. A certa altura, encontra-se na pele de um chefe de família, que trabalha muito, ganha bem, mas vive insatisfeito. Sem um projeto pessoal de vida ou perspectivas de se opor à condição que rejeita, só lhe resta fugir.
As Coisas não parecem ter mudado muito, basta ver Cronicamente Inviável de Sérgio Bianchi:

Originariamente uma crítica mordaz à classe média paulistana do início dos anos 60, que buscava enriquecer com o "desenvolvimentismo" experimentado pelos patrões e patrocinado pela sonegação de impostos, empréstimos de recursos públicos e muita propaganda. Junto a essa falta de ética nos negócios estava a hipocrisia do casamento, a ponto de, em determinado momento, o patrão ser questionado por Carlos, que pergunta a ele porque o mesmo mantinha amantes. O patrão responde cínica e até mesmo surpreso: "O que uma coisa tem a ver com outra?".A hipocrisia e falta de perspectiva desse mundo adulto era sentida pelos jovens da classe média, que não tinham opção respeitável a não ser se tornarem empresários e chefes de família, mas ansiavam por uma vida mais livre, prenúncio da onda hippie que estaria por vir.

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