quarta-feira, 14 de janeiro de 2009



Seus braços magros e brancos estenderam-se, com dificuldade, até encontrarem o ramo verde cheio de espinhos. Entre as grades seu rosto pálido se espremia naquela expressão entre a aflição e o desejar. O seu sangue começava a represar-se bem na altura dos ombros, espremidos pela ferrugem da grade. Com grande esforço alcançou, pareceu até de súbito, duas porções de vermelho sangue. Duas rosas entrelaçadas. Como aquelas presas a sua garganta, gritando-lhes silenciosamente no fundo: Oh, dor que convulsiona o mundo!

Por Augusto (s)

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