quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Por isso...



Por isso...

Por isso, e tudo o que aconteceu. Rezo, mesmo sem crer em deus ou qualquer transcendência. Que teus dias sejam cheios de dor, tristeza e vazio.
Rezo todos os dias, para que eu suporte este ódio, que me dissolve o amor.
Rezo para que morra. Lentamente, vagarosamente, com muita dor e pesar. E odeio mais e mais. Até o dia que estiveres sobre a terra. Não esquecerei em nenhum instante, que mesmo a justiça não sendo desde ou de qualquer mundo, que ainda lhe farei ajoelhar diante de mim. E rezar. Para morrer. Enfim. Vejo teus joelhos sobre os meus, esmagados. Porém mesmo assim, meu ódio será tanto que te deixarei vivo, esmagado, inválido, deformado, destroçado. Como pode destroçar-me, destroçar minha inocência e meu amor.
Então, por fim, em tua fútil estupidez, compreenderás que o teu crime foi tão violento e mortal, que já não há redenção.
Sem face, nem forma, ajoelharas e rezará pela morte. Mas ela não te apanhará. Por que eu não quero. Quero que vegetes até o fim dos dias. E que teu viver seja um devir apocalíptico de fogo e medo, pois que te espreito e espero, por que mataste tantas às vezes, que mereces ser castigado. Tema. Por que te espero.
Não matarás mais ninguém-nenhum. Nem ódio nem amor. Teu futuro é o vazio ensangüentado dos que perecem lentamente na dor sem amor. Por isso, ... Em calafrio: trema. Tema. Pois eternamente espero-te. Nas sombras mais escuras do mundo, em um lugar onde nada e ninguém podem imaginar Pois que já não sou homem, mas sombras, escuridão e cinzas.

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