"Cenários desabarem é coisa que acontece. Acordar, bonde, quadro horas no escritório ou na fábrica, almoço, bonde, quatro horas de trabalho, jantar, sono e segunda terça quarta quinta sexta e sábado no mesmo ritmo, um percurso que transcorre sem problemas a maior parte do tempo. Um belo dia, surge o “por quê” e tudo começa a entrar numa lassidão tingida de assombro. “Começa”, isto é o importante. A lassidão está ao final dos atos de uma vida maquinal, mas inaugura ao mesmo tempo um movimento da consciência. Ela o desperta e provoca sua continuação. A continuação é um retorno inconsciente aos grilhões, ou é o despertar definitivo. Depois do despertar vem, com o tempo, a conseqüência: suicídio ou restabelecimento." (p. 27)
CAMUS, Albert. O mito de sísifo. São Paulo: Record, 2004
Vivre une expérience, un destin, c'est l'accepter pleinement.
Le Mythe de Sisyphe, Albert Camus, éd. Gallimard, 1994 (ISBN 2-07-032288-2), p. 78
CAMUS, Albert. O mito de sísifo. São Paulo: Record, 2004
Vivre une expérience, un destin, c'est l'accepter pleinement.
Le Mythe de Sisyphe, Albert Camus, éd. Gallimard, 1994 (ISBN 2-07-032288-2), p. 78
Nenhum comentário:
Postar um comentário