O Silêncio é a única coisa que resta, nesta boca seca, e pétrea, que já não ententa hablar, e que cala em um gemido dissonante. A espada gasta, e a boca púrpura e fria, que me espalha de estilhaça, em santo, anjo e demônio. Uma legião de vozes que me habitam, e que por dentro choram, grita e vasculha – e querem. Além dos por quês e das causalidades. Em estilhaços de granadas, finjo louco, que sou bom e além, mas no fundo, estremeço e choro no a beira de um leito de um rio cheio de Mungo, e cheiro ocre. Não tenho mais por quem e para quê lutar. As águas negras cobrem-me por dentro, em vagas tristes e sinuosas, que já não deixam falar, e mais vale a pena ficar em silêncio, em suspensão. E aceitar humilhado essa lava profunda.
Buenos Aires, 25 de julho de 2008.
Buenos Aires, 25 de julho de 2008.
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