quarta-feira, 2 de julho de 2008

Rainer Maria Rilke

Rainer Maria Rilke

L'Attente
1926

C'est la vie au ralenti,
c'est le cœur à rebours,
c'est une espérance et demie:
trop et trop peu à son tour.

C'est le train qui s'arrête en plein
chemin sans nulle station
et on entend le grillon
et on contemple en vain

penché à la portière,
d'un vent que l'on sent, agités
les prés fleuris, les prés
que l'arrêt rend imaginaires.


A Espera

Tradução Livre de Augusto Patrini Menna Barreto Gomes

É a vida em lentidão
é o coração ao contrário
é uma esperança e meia:
muito, muito pouco em seu ritmo.

É o trem que pára subitamente
caminho sem nenhuma estação
e se ouve sua forja
e se contempla em vão

suspenso na porta,
de um vento que se sente, agitado
os campos floridos, os campos
que a parada faz imaginárias.

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