terça-feira, 29 de julho de 2008

Das púrpuras rosas que me são pisoteadas, me sobre uma lima de espinhos cortantes, que já sangram, mas furam, por que o amor é uma ferida ensangüentada e purulenta, cheia de vícios e dores. Na vastidão do tempo e do espaço, cresço e caminho, tenho vertigens e busco, um teto, um alento, um caminho, por que já não sou o que era, mas outro além e porém. Ainda quero-te e acredito. São os teus passos que me faltam, que me dizem “não”, que me fazem ter vertigens e chorar noites para dentro. Eu sempre, dentro, no escuro.

Buenos Aires, 29 de julho de 2008

3 comentários:

Anônimo disse...

Nem sempre sei se é a personagem ou você mesmo. Não importa, acho. A boa literatura tem como substrato a vida vivida. Que seja.

Um beijo. Gostei desse também. Talvez possamos pensar um um livro. Acho que é preciso, contudo, escrever sobre outras coisas que vê ou sente. Veredas povoadas por dor e outros adjetivos que sempre vêm juntos, seguido de lama, caos, escuridão é um estilo marcante, contudo, recorrente até mesmo nas palavras. Ainda assim, tenho-os achado ótimos.

beijinhos.
PS. Adorei a língua.

Cicero disse...

Gostei muito do seu cantinho aqui, Guilhermo. Uma (boa) surpresa! Você ganhou um leitor, se o tempo permitir, assíduo.

E se "o silêncio é a única coisa que resta, nesta boca seca, e pétrea, que já não ententa hablar", que suas mãos sejam privadas desta paralisia. Porque ainda que não fale, continue escrevendo.

Um grande abraço!

Anônimo disse...

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